Preciso trocar aos pares? Peça desgastada aumenta a distância de frenagem? Confira o que é mito e o que é verdade sobre amortecedores
A suspensão tem um papel fundamental no veículo, mantendo os pneus em contato com o solo, além de ajudar na estabilidade e segurança.
Porém, ainda existem muitas informações incorretas que circulam nas redes sociais ou que são passadas sem conhecimento técnico.
Para ajudar, a Monroe lista a seguir 13 mitos e verdade sobre os amortecedores e sua manutenção adequada.
(MITO) 1 – Devo passar por lombadas na diagonal?
Quando você passa por lombadas ou valetas com o veículo na diagonal, isso gera forças laterais na movimentação dos componentes.
O resultado são folgas excessivas, ruídos, empenamentos e, em situações mais graves, o travamento total das peças.
A recomendação da fabricante é sempre passar com o veículo em linha reta e em baixa velocidade.
(VERDADE) 2 – Preciso trocar os amortecedores aos pares
Se você utilizar um amortecedor novo e outro desgastado, haverá um desequilíbrio no veículo que irá interferir diretamente na dirigibilidade.
O ideal, sim, é trocar sempre os pares em cada eixo ou, se possível, fazer a troca de todo o conjunto.
(MITO) 3 – Amortecedor recondicionado tem a mesma eficiência de um novo
É importante saber que peças recondicionadas não passam pelo mesmo processo de produção que as novas.
Em muitos casos, a Monroe explica que essas peças recebem apenas uma pintura nova, adotando até um lubrificante diferente do recomendado.
A recomendação da empresa é usar amortecedores novos e desconfiar de preços muito abaixo daqueles praticados no mercado.
(VERDADE) 4 – Quanto maior o desgaste, menor o conforto
Amortecedores em más condições causam balanços excessivos, dificultando as manobras e interferindo diretamente nas condições de dirigibilidade.
E isso pode até provocar acidentes.
(VERDADE) 5 – Amortecedor em mau estado de conservação causa aquaplanagem
Lembre-se que a suspensão tem a função de manter os pneus em contato com o solo.
Se o conjunto estiver desgastado, essa função será comprometida, aumentando os riscos de aquaplanagem em dias chuvosos.
Testes realizados pela Monroe mostraram que os amortecedores com 50% de desgaste começam a aquaplanar com velocidade a partir de 109 km/h, enquanto amortecedores novos podem perder aderência somente ao ultrapassar os 125 km/h.
(VERDADE) 6 – Problema na suspensão aumenta a distância de frenagem?
E isso também tem relação com a aderência dos pneus à via.
Se os amortecedores estiverem desgastados, a distância de frenagem também fica comprometida, exigindo maior distância para frear, mesmo em velocidades mais baixas.
Os testes feitos pela empresa apontaram aumento de 1,80 m na distância de frenagem em um veículo rodando na velocidade de 60 km/h, e com os amortecedores apresentando 50% de desempenho.
(VERDADE) 7 – Amortecedores desgastados interferem em outros componentes
Como o trabalho da suspensão é resultado da ação de vários componentes em conjunto, se um deles estiver em más condições, acabará sobrecarregando os outros.
(VERDADE) 8 – Amortecedores têm relação com o sistema de iluminação
Isso porque a movimentação excessiva de um veículo com amortecedores desgastados acaba levando a uma variação do feixe de luz dos faróis.
E isso poderá atrapalhar a visão de outros motoristas em sentido contrário.
(VERDADE) 9 – Maresia afeta os amortecedores
A maresia causa oxidação e corrosão na lataria e em peças de metal, o que inclui a suspensão.
A dica é: sempre que retornar do litoral, lave o automóvel no mesmo dia ou o mais breve possível usando shampoo automotivo ou sabão neutro.
(VERDADE) 10 – Blindagem altera os cuidados com a suspensão
A blindagem pode acrescentar até 250 kg ao peso do veículo, o que demanda maior esforço do sistema de suspensão e, consequentemente, maior desgaste de seus componentes.
Uma vez que não há peças específicas para esses automóveis, a Monroe recomenda fazer revisões periódicas no sistema a cada 10 mil km rodados.
(MITO) 11 – Carga excessiva não interfere nos amortecedores
Se você extrapolar o limite de carga do veículo isso irá sobrecarregar a suspensão, comprometendo a dirigibilidade e o conforto.
Não se esqueça também de distribuir o peso de forma igualitária no porta-malas, sem exceder o limite e evitando diferença de altura entre os lados da suspensão.
(VERDADE) 12 – Barro ressecado compromete a suspensão
Após rodar por estradas de terra, é preciso lavar o veículo, principalmente, na parte inferior.
Sujeiras e detritos, como o barro ressecado, comprometem o funcionamento dos amortecedores caso entrem em contato com a haste ou retentor da peça.
(VERDADE) 13 – A Monroe inventou o amortecedor
Em 1926, a empresa criou o precursor dos amortecedores: um eliminador de vibrações.
O equipamento era hidráulico e possuía um pistão vertical interno.
Na década de 1930, a Monroe lançou o amortecedor de dupla ação, composto por duas câmaras – uma de compressão e outra de tração – divididas pelo pistão e por válvulas calibradas.
Com essa evolução, o amortecedor passou a suportar grandes impactos. Nos anos 1950, a Monroe desenvolveu o amortecedor telescópico de dupla ação, com o pistão e a haste deslizando verticalmente dentro de um tubo de pressão.
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