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Antenas de rádio antigas e maiores facilitavam a condução de energia para dentro do habitáculo, mas a situação é bem diferente nos dias de hoje

Se você já esteve no trânsito durante uma tempestade, certamente já deve ter pensando na chance do seu carro ser atingido por um raio.

Mas será que o uso de componentes como o rádio ou a central multimídia podem atrair uma descarga elétrica para o veículo?

De acordo com Ricardo Takahira, engenheiro elétrico e professor da pós graduação no Instituto Mauá de Tecnologia, é mito que o rádio ou a central multimídia possam facilitar que um carro seja atingido por um raio.

Raios

Isso acontece porque os veículos atuais não possuem mais aquelas antenas telescópicas que os carros antigos dispunham.

“Se caísse um raio, por perto, ou no automóvel, ela poderia ser um vetor que conduziria energia para dentro do habitáculo. Mas, mesmo a antena do rádio hoje em dia não é mais um componente físico muito mais alto do que a carroceria”

, explica Ricardo.

Os carros que compõem a frota nacional, normalmente têm aquela pequena antena disposta na porção traseira do teto.

Elas podem ser mais discretas e ter o dispositivo em formato de barbatana de tubarão, como é o caso do Honda City e do Nissan Versa, por exemplo.

Nissan Versa - Antena Tubarão

Ricardo comenta que as antenas maiores do tipo telescópicas, que equipavam carros anteriores dos anos de 1990, 1980, tinham um risco maior de absorver a energia de um raio.

“Mas isso ocorria independente de estarem ligadas ou não. Elas eram apenas o ponto mais alto do veiculo”.

Existe, inclusive, uma proteção veicular para que, caso um raio caia nas proximidades, a alta carga de energia não danifique os componentes eletrônicos.

“Os Spark Gaps são condutores muito próximos separados por um espaço, que faz com que o arco do campo elétrico “salte” e não danifique os equipamentos elétricos”,

explica o engenheiro.

Área interna do carro

Proteção dos ocupantes

Na maioria dos casos, os ocupantes do veículo estarão protegidos.

O corpo metálico da carroceria funciona com o que se chama na física de gaiola de Faraday.

No experimento, o físico britânico Michael Faraday conseguiu comprovar que corpos com superfície eletrificada conseguem manter o núcleo com carga nula.

Ou seja, mesmo que a carroceria (cuja superfície é majoritariamente metalizada) esteja eletrificada, os ocupantes não absorvem a descarga elétrica e ficarão com a carga nula.

Desse modo, o interior do veículo é o local mais seguro para não tomar um choque.

Nesse sentido, a gaiola do Faraday pode até impedir de componentes eletrônicos sejam danificados.

Porém, isso dependerá da energia da descarga de um raio.

Ocupantes não devem sair do carro

No entanto, o motorista e os passageiros não devem sair do carro, uma vez que sua superfície ainda pode estar eletrificada.

Essa diferença de potencial do veículo para o solo pode fazer com que a pessoa leve um choque.

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